OS POETAS 
Os poetas,
Levantam-se,
Fazem ou dizem seus poemas,
De seus dilemas como temas!

As palavras ferem ou adocicam o ar,
ouve-se palmas:
Bravo! Muito bem!
Cada um mostra a doçura, o amor
Ou a revolta que dentro de si tem!

Acaba a sessão, 
As ovações.
As palavras ficam no ar,
Nas suas variações.

Regressam as calmas
No tempo, que aquece ou arrefece!

Os poemas, foram ditos,
Ficaram, alguns em livros escritos!

A Terra continua girando,
Os poetas sonham de vez em quando!
Que acontece quando escrevem,
E quando dizem seus poemas’
Fica tudo na mesma?
Que faz quem governa?
Que fazem os políticos?
Leem poesia? 
Gostam de poesia?
Que pensam dos poetas?
Não é difícil imaginar:
.“Uns lorpas, que se calam com umas sopas”
Porém, os poetas continuam, com sua luta,
E respondem :
“Seus filhos da puta”,
E não se importarão, que dizendo seus poemas
E acabados de os declamar,
Em vez de palmas ouçam tiros de canhão
E balas a sibilar!
É o eu estão a precisar!

Não batam palmas.
É difícil ficar nas calmas!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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