Calar não só por calar, apenas para refletir.

Sempre pensei que poesia não ditasse sentenças e que não separava o sim do não.
Porem a tua sentença (o da poesia) fosse o sentido do oscular e não da ambição.
Sempre pensei que a poesia tivesse uma língua universal, que fosse alem do bem e do mal.
E que a ordem dos versos não alterasse a inspiração de modo que as sombras não despissem de luz o corpo frágil e nobre da poesia.
Sempre pensei que a poesia, mesmo aquelas mais duras pudessem amolecer o coração do mais frio dos leitores e que sua indulgencia estivesse acima das palavras errantes.
Sempre pensei que a poesia fosse um dom e não uma obrigação de fazer poesia com perfeição.
 
“Não direi nada mais
até que o sepulcro
se abra e da rocha fria
se faça poesia, indivisível
Imaculada, solidaria acessível
ao coração do nobre e do plebeu”.

Caros leitores, amigos e poetas, simpatizantes ou não; diante dos últimos acontecimentos que envolveram disputas pessoais entre alguns participantes do site decidi permanecer recluso e calado por tempo indeterminado; (rogarei ao infinito por sabedoria e discernimento) para entender os verdadeiros motivos de tantas linguagens violentas que fazem (sepultar) o poema ainda com vida. Não me calarei por covardia, mas me calarei pela coragem de dizer que não sei o que falar.
Antecipadamente meus sinceros
Agradecimentos pela compreensão de todos.

J.A.Botacini.
Zezinho.
Jose Aparecido Botacini
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