Ao longo da estrada solitária, ressoa uma lúgubre viola...
A desilusão da vida a repercutir em cada corda desta canção.
A desesperança ecoando em cada som vindo das sombras do coração.
A mão a afagar o violão também é a que estrangula e esfola...
A estrada é árdua: É como um temível lamaçal onde minh'alma s'atola!
Há muito tempo, sem nenhum motivo, passei a andar na escuridão
E tristemente, cheio de um "spleen" que não s'explica, caí no vendilhão
Da dor, da agonia, da tristeza imensa... Da música a tocar em velha vitrola...
E eu mesmo me envolvi com esta balada da última melancolia.
Compus e toquei para o tudo e o nada esta balada sombria
A qual, emanara de meu esp'ríto como que irrompendo de um sepulcro.
E quando esta sombra se manifestou, fiquei atônito e em deslumbre.
Eu senti invadir o meu ser tanta sombra e não há quem vislumbre
Ou ouça o que vi e ouvi neste concerto de morte tão misterioso... Tão pulcro!
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