Olhais por aquela janela vazia,
numa solidão de olhar gritante.
Terras que passais sem alma
Terras sem nome que sois cercadas,
pela noite que sobre vós se abate.
Dais-vos conta que o templo flui
ritmadamente numa ligeireza
onde os pormenores se perdem
e que julgais ver, mas que não vedes!
Estais sozinho!
Estais perdido no vosso rumo
Viajando no comboio da vida
Meditando-a!
Fazeis analogias do que sentistes
Dos momentos que vivestes
Da dor já sofrida
Da alegria sorrida!
Tantos pormenores,
sobre os quais buscais resposta!
Tanto detalhes ofuscados na vossa mente …
Uma visão cega e limitada!
Foge-vos a vida entre os dedos …
Olhais para ver o que não vedes
Mas vedes o que não se vê!
João Salvador – 17/10/2012
João Salvador
© Todos os direitos reservados
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