A noite ainda dorme
E ele ainda acordado
Caminha pelo meio da rua
Passo inseguro, vacilante
Simplório, vagueia cambaleante!
Respiração ofegante...
Olha para o que parece sem sentido
Diz coisas que parecem sem nexo
Se agita... grita!
Do que será que ele reclama?
Da noite que está findando,
Da falta de esperança no dia,
Quase começando
Da tristeza que está vivenciando?
Como é duro!...
O dia ainda não amanheceu
E parece que ele já morreu!...
E eu, da minha varanda,
Também acordada
Observo
Tão diferente dele
Parada, calada!...
Acordada durante a madrugada, observava do alto, na minha varanda! Será que ele pensava que a cidade toda dormia?Cabo Frio, 15 de junho de 2012
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