ESPERANÇA
 
O frio gela meu corpo,
Apesar de ser verão.
A indiferença humana,
Fere qualquer coração.
O pão que sobra nas mesas,
À muitos alimentariam.
Mas a indiferença humana,
Não consegue enxergar.
Uns oram, outros rezam,
Outros fazem preces,
Não vêem o semelhante desnudo,
Famito e com os pés descalços.
Pedem arrogantes a Deus,
Por piedade e perdão.
Esquecem do pai nosso,
Que o próprio cristo ensinou:
Perdoe minhas dividas assim
Como perdôo meus devedores.
Francisco de Assis relembrou:
É dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado.
E viveu na simplicidade e no amor.
Nesta grande transformação do mundo,
Ainda há tempo para mudar.
Para continuar merecendo a mãe terra,
E nela continuar habitar.
Vezes  fico entristecido,
Mas esperançoso e no aguardo
Da primavera chegar.
Sentir os corações florindo,
E o perfume da caridade exalar.
Os corações enternecidos
Cheio de amor pra dar.
Ver a revoada dos pássaros celestes,
Os raios dourados do sol brilhar.
Sentir a presença de Deus,
No meio dos homens pairar.
Ter certeza que não é sonho
E não ter medo de acordar.
 
           C. Dourada 04/12/2011
 

VALDIR A. SILVA
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