Ama a cigarra a cigarra,
ama a formiga a formiga,
ama o falcão o falcão:

e em todo o tempo ou o espaço
por mim eu amo a poesia
a ser-me no coração:

nada mais doce do que ele
nem o sonho a primavera
nem as flores e as abelhas –

e canta sem pedir nada,
humilde na sua azáfama
mas de voo audaz perfeito.

In AURAS DO EGEU, FOLIOEXEMPLAR, Lx., Out./2011.

António Salvado
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