Entre as palavras

que adoçam,

no olhar que arranha,

és tão íntima e tão estranha.

 

Como as nuvens

que deslizam e se chocam,

no azul mar do céu,

como letras feridas

num roto papel.

 

Dormi no teu solo

em desbravada aventura,

acordei em teu colo

perdida iludida ternura.

 

A caravana passou

na vida do sonhador,

e no brilho opaco

do meu rosto,sangraram

famintas lágrimas em desalinho desconforto.

 

Sois amor

o sino que retine,

anjo da anunciação,

copiosa dolorosa confissão.

 

                                                       Hanilto 22 09 2011

hanilto jose da silva
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