No Agreste Pernambucano
Tem uma cidade linda.
A Suíça pernambucana,
Que dos meus olhos é a menina,
O que conheço de lá
Quero aqui expressar
Um pouco das sete colinas.
Garanhuns é a cidade
Que escolhi pra nascer,
Ainda muito criança
Comecei a conhecer,
A sua linda história
E um passado cheio de glória
Que vou mostrar pra você.
Eu não sei muito
Mas o que sei vou falar,
Que a palavra Garanhuns
Vem dos Anuns e guará
Animais maravilhosos.
E que ficaram famosos
Por assim colaborar.
Por volta de oitocentos. 800.
Era o leite e o café
Um criava uma vaca
O outro plantava um pé.
Até pouco tempo atrás
Existia um bom rapaz,
Zé Ferreira Rei do café
Com essa nossa cultura
Foi que a cidade cresceu
Por causa do leite e do café
Foi que o Brasil conheceu
A cidade é tão famosa
Que uma música maravilhosa
Luiz Gonzaga escreveu
De uns tempos para cá
Essa cultura sumiu
Agora é o turismo
Foi no que o povo investiu
Pontos turísticos lindos e belos
E o festival de inverno
É o melhor do brasil.
Da cultura da roça
Pouca sei que resta
Mas da cultura que veio
Pouca coisa é que presta.
Mas á alguém que preservou
Alguns amigos cantores
E outros que são poetas.
Quero citar alguns
Que preserva a raiz
Zezinho Gláucio Costa,
Ademar de Matos sabe o que diz,
Tem Gonzaga de Garanhuns,
Quero dizer que alguns
Faz como Rogério Diniz.
Tem Messias Santiago,
E a Andrea Amorim,
Paulinho groove, Aldejan,
Na sanfona o Seguinho,
Alexandre, Paulo Pezão
De todos falo com emoção
E mais famoso é Domiguinho.
Quando falo nesses nomes
Na lembrança vem o som
Da quinta da poesia
Na bodega de Massilon
Um declama outro canta
Todo mundo se encanta
Eita que lugar bom.
Hoje vivendo distante
Recordo-me com saudade
Dos encontros com os amigos
Aumenta logo vontade
De voltar pra minha terra
E a o som do Pé de Serra
Dançar Forró de verdade.
Eule Silva Ferreira
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