DA FAMA AO CÁRCERE!

Da fama ao cárcere, distância não se faz.
O tempo é célere, do sucesso ao fracasso.
Descer do pedestal da glória, a ninguém apraz,
Do desespero a um tresloucado gesto, é um passo.
 
Ter de suportar da fama o ostracismo?!
 Do amor por finito, a dolorosa separação?!
 Diante de a adversidade demonstrar estoicismo?!
Depois de humilhado, ultrajado em sua honra, exercitar perdão?!
 
É querer de mais de um mísero mortal despojado!
Entretanto negar-se a tal desprendimento, seria derrocada total.
Superar-se é a única atitude de demonstrar força e espírito arraigado,
A superioridade de uma criatura está em manter-se ereta diante do vendaval.
 
Fama, sucesso financeiro, poder político, da fé um expoente!
Demonstração de arte, grandes obras literárias, o orgulho de quem as fez!
Poder militar que a tudo sufoca, na mão de ambiciosos inconseqüentes,
O que acontecerá, quando a cair do pedestal, deles chegar à vez?
 
Caos absoluto! Cacos de um ídolo espalhados pelo chão!
Destituído de tudo, principalmente dos decantados amigos,
Que tantas vezes extravasavam amizade, regadas com bebidas de nobre produção,
Venham esconderem-se todos, temerosos de que um fracassado, a eles estenda a mão.
 
Mísero mortal que despojado de tudo, só tem agora desilusão.
A nível do chão de sua origem está inerte o até então famoso idiota,
Que se deixou levar pelas miragens da vida cujo retorno é a solidão.
Que ganhou ele afinal! Ninguém mais vem bater à sua porta! 
           
Nada! Só um vazio e frio espaço onde um ego ferido tenta se esconder.
Nada adiantará fugir da inevitável realidade, que nos mostra desnudo,
Que nos vai fazer entender os verdadeiros valores, e, nos fazer aprender.
São os amigos, a saúde, a paz e a fraternidade, da vida os reais conteúdos!                     
 
 
 
 

A queda do pedestal é dolorosa, sofrimento de corpo e alma. Ser extirpado como se fosse o mal maior da humanidade,
levado ao pó do chão, sofrer o escarnio dos antes o lixo, é deveras humilhante. Ver-se um poderoso, ser um prepotente, praticar o orgulho, a vaidade, exceder-se na ambição, pisar seu semelhante e não ouvir os lamentos dos que sofrem, é a negação absoluta de qualquer sentimento bom, Ao chão os déspotas!

Repesando valores.