As Veredas

 
Conheci um certo sentimento
onde permeia o universo do teu olhar
E difere de certas coisas em meu caminho
De que eu ainda não pretendo me dirigir.   
Descobri nos horizontes de teu sorriso
a verdadeira e terna medida de quanto querer você.
já que só imaginar que o perfume das rosas que tu possa mais gostar,
possa ser tão puro quanto a verdade que sai de teu lábio
ao me dizer que sente o mesmo arrepio que me vem agora,
me leva a um mundo que ainda não pude desfrutar.
Talvez me sinta tão ligado ao seu moderno querer-me
que nada impeça, nem a distância, nem nossa estrada rústica de chão,
Ou a estrada da nossa vida, Nem o cerrado, muito menos o árido terreno, nem as veredas,
Nada disso é conivente à desunião de nossa alma.
E quando me deparo com meus inquietos hábitos,
Você me vem com a sombra que meu coração precisa
E me entrega, com sua voz, a calma do dia-a-dia
Que corre na minha veia como se fosse minha.
 Quando o vento frio da tristeza me abraça
Você é o calor que sinto na alegria do seu olhar.
E quando as mãos da solidão me cumprimentam
Você acena pra mim...
Lá no fim do arco-íris que desenhei em minha varanda.
Eu sempre espero suas mãos chegarem bem perto,
Embora pareçam indecisas e frágeis.
Frágeis são meus olhos quando não te vêem
 Mas felizes quando escutam a energia da tua voz
E constroem uma vontade quase irresistível
De trazê-la todo dia para perto de mim