Depois da chuva

Depois da chuva vou pedir a um querubim,

Que aspire toda poeira de ti que há em mim,

Se ele não conseguir ou se recusar,

Vou ao riacho doce me banhar,

Mas se ainda ficar em mim vestígios de poeira...

Vou pra opção derradeira,

Banharei-me  na próxima chuva e  colocarei um fim,

Na  poeira de ti que ainda há em mim.

Luciene Arantes
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