O mar que de tão grande hospeda bem distante
Um coração que me sangra, por ser a minha metade
Quando minha enfermidade, é a tristeza do instante
No presente que é ausente, de quem me trás a saudade
 
No espelho de tuas águas, de um azul brilhante
Lamúrias que bóiam que oferto a divindade
Em tua face, despejo o meu desejo radiante
No desabafo quando espero, pela tua bondade
 
De ouvir o meu silêncio, pelas flores que deságuo
Na esperança das águas, navegarem a mensagem
Quando a dor é aliviada, pela beleza da tua paisagem
 
Ao destino de minha cura, quando o sofrer é árduo
Alimentado pela distância, da paixão que a viagem
Transformou o meu amor, em um sentimento selvagem

Murilo Celani Servo
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