A lágrima que escorre
Na pele fina de minha vida
Vem de uma fonte de saudade chamada jamais
As esquinas que vivi meu breve amor
Agora se chama nunca mais
E eu vou seguindo pelas bordas do dia
Procurando me aquecer da lembrança fria do teu olhar
Numa toalha de linho branco, com cheiro sereno de flor do campo
Eu adormeço nesse enlace de queda, vinho e passado
Nunca terei de volta o que a escuridão do meu pensamento me furtou
Envolto nesse arame, deixo meu corpo agonizante de tua ausência.

Chico Marques
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