Horizontes de padecimento e migalha
Cobrem de ferrugem
A usina da esperança incendiária:
 
 
As progressivas nuvens corpulentas do abandono
--- ao derramar a ácida peçonha do sepulcro do sonho
Sobre a equatorial e atlântica Nação-Melanina,
Muito embora não consiga secar, de todo, o córrego da alegria ---
Entorpece-lhe o sangue da autoestima. 
 
 
O dissabor, a amargura e a cobiça
São gigantescas piranhas famintas:
Daninhas Ervas Boreais plantam
Suas sementes atiçadoras da ira
No solo de fraternais famílias
Para que floresça prolífica
A eterna dinastia das dantescas florestas de carnificina!
 
 
Ah, materna África minha,
Não bastasse
Terem pilhado de ti
O reino dos marfins, esmeraldas e diamantes da fibra;
 
 
Infectam-te com o vírus do caos
E a tornam aurífera joia suicida:
A belicosa locomotiva lucrativa!
 
 
 
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
 
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JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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