Indianos
Suspiro de saudade, e rascunho no papel toda queima de ideais sem liberdade, mas com gosto de fel.
No inicio da sala tem fogo!
Corre e pega menino, este pato cheio de gogo.
A rosa também chorou!
Pobre Rosinha!
Ela é grande hoje, eu a - vi bem pequenina andando nas costas do velho cavalo, junto com o lerdo bem-te-vi.
Não vou casar, sei que esta moça não foi feita para mim.
Há! Viviane, nós somos tão diferentes,
Eu gosto de ter comigo o meu papagaio e você serpentes.
Até o pai é estranho, enquanto dorme bufa e ronca o tal Antonio.
A mãe Vai lá, essa se salva,
Mas também coitada veio da Amazônia, aquela selva.
Rosa tem dois irmãos.
Um mais preguiçoso do que o outro.
O pai de rosa sempre grita no quintal,
Ele grita por Juvenal.
O que foi chamado é o segundo,
Pois rosa foi a primeira que veio ao mundo.
Não demora muito e a mãe grita do quarto,
Ela chama pelo o terceiro, por nome de Sebasto.
A família é uma loucura de causar espanto.
Quem só se salva é a filha adotiva que para santa só lhe falta um manto.
Ela atende por nome de Bruna,
Pobrezinha menina é ela quem segura toda a coluna.
A menina é tão novinha, só tem quinze anos.
Vive dia e noite escondendo os defeitos da família louca por baixo dos panos.
E aqui eu deixo a família de indianos.

Eric Fall
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