Quisera eu, ser como o vento
 

Bater asas e voar
 

 
Para o mais alto monte
 

 
E na penha fazer morada
 

 
Em uma noite gélida e escura
 

 
Dando vazão ao choro contido
 

 
Rever os meus sentimentos
 

 
Ouvir o eco dos meus gritos
 

 
Organizar os meus pensamentos
 

 
E no romper da aurora
 

 
Bater asas e voltar
 

 
De encontro com a realidade
 

 
Sabendo que nas entrelinhas da vida
 

 
Habita a felicidade
 

 
Descomplicar o que eu mesmo compliquei
 

 
Viver a vida na sua simplicidade
 

 
Fracionar o que de bom a vida dá
 

 
Somando no dia a dia, as pequenas coisas
 

 
Que traz alegria; e dá sentido a existência
 

 
Reduzindo o que é complexo
 

 
E a vida por si multiplica o que foi fracionado
 

 

 

 

 

 
De volta ao mais alto monte
 

 
No recôndito do penhasco
 

 
Em paz dentro de mim
 

 
Permanecer em estado de satisfação
 

 
Aquecendo a noite fria; com o calor do meu coração
 

 
Com o brilho do meu olhar, iluminar a escuridão
 

 
E então, gritar aos quatro ventos
 

 
Todo o meu contentamento
 

 
Ouvindo o eco da minha voz
 

 
Confirmando a felicidade que encontrei
 

 
E no romper do novo dia
 

 
Ir de encontro com a realidade
 

 
Segurando firme, as rédeas da minha vida
 

 
Sabendo que a felicidade não se compra
 

 
E muito menos se mendiga
 

 
A felicidade é uma decisão planejada
 

 
Pra ser compartilhada
 

 
Independente de situação, circunstância ou condição
 

 
Felicidade se encontra na gratidão, altruísmo e aceitação
 

 

 

Pastora Ademilde Tostes
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