APELO (por Marioh Winner)

O vento sopra vida numa folha morta,
ressussitando a esperança.
A saudade sorrateira vem e bate a porta,
E bem armada com a lembrança.
E eu aqui trancado no meu paraiso,
Num mundinho que eu criei.
Minha força pra viver esta no teu sorriso,
Noutro lugar não encontrei.
 
Preso onde você não esta, do lado de fora,
Arte na tela, sem aquarela pintei o breu.
Tristeza invade, inicio um combate e a mando embora,
Passo sobre teus passos em busca do passo meu.
Vivendo por viver eu tento te encontrar,
Morrendo cada dia um pouco mais.
O tempo é inimigo, não corre, anda devagar,
O vento sopra contra, te leva e não te traz.
Nasce a noite tropical na mansa calma,
ainda brilha o sol poente que suspira um ráio.
Fino fio de horizonte casa o corpo e a alma,
É fino o fraque, o branco é véu, grinalda e o mes é maio...

Marioh Winner
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