MULHER DO SERTÃO

MULHER DO SERTÃO
 
Mora em um sertão aonde a lua nasce todos os dias.
Vejo com o vento teus movimentos! Existe um carisma.
Artista! Mulher! Um ser qualquer! A dona dessa poesia.
Aprendi entender sua exclamação pelo meu prisma.
 
Quem dera pudesse apreciar teu show! Quem dera.
Teus versos são de rompantes! Mas são constantes.
Tua linha eu descubro em palavras ditas na primavera.
Sei da sua aquarela! És bela! Um quadro distante.
 
Observo sua timidez! Mas vejo lucidez em teu rosto.
Agosto, setembro! Há flores no teu jardim! Falaste para mim.
Seus olhos descrevem um espetáculo! Viajo no teu gosto.
A lua! Essa lua que te fascina é a mesma que vejo aqui. Sempre assim.
 
Teu sertão é teu verão! Meu inverno é meu aconchego.
Faço-lhe repentes improvisados! Não anoto nada.
Os versos perdem-se pelo vento! Mas vem! É o nosso apego.
Apego de formular estrofes! Uma razão reformulada.
 
Seu semblante tem o contorno do sol! Vejo brilhos dourados.
Quando sorrir as estrelas ilumina-se! Gestos triviais.
Tenho licença para te questionar! Seus sonhos não estão apagados.
Nomeio-te titular das poesias que não faço! São normais.
 
Essa mulher que refresca nas águas da lua do nordeste.
Como um quebranto secular! Uma feiticeira do seu tempo.
Refaço um poema! Aceito tua sugestão! Estou no sudeste.
Não fujo desse desafio! Uma forma de ultrapassar meu vento.
 
Sertão! Verão! Lua que se mostra tão bela.
Vento que refaz teus movimentos nesse momento.
Teu show é tua aquarela! Aquela que tu revela.
O sol que te aquece, aquece seus tormentos! Aquece seu alento.
 
Soraia
 

Para as mulheres do sertão nordestino..
As artista da vida..
Minha homenagem.

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