Quero entregar minhas armas


Quero muito
Da couraça me despir
Lanças, escudos e espadas
A um canto condenar
Força, coragem, bravura
Já não pretendo demonstrar
Nesta terra macia

Penso voltar a pisar
Caminhar
Correr
Descalço
Relapso
No encalço
Da alegria
Da magia
Do sorriso
Que outrora
Soava fraco
Soava falso
Cansou ser forte
O mundo carregar
Poder, força e garra
Sempre aparentar
Procuro e quero agora
Descer ao vale
Subir ao monte
Olhar o horizonte
Ter gente ao meu redor
Braços que não meçam forças
Abraços que me abracem
Pulsos que não se cortem
Pessoas que se importem
Impulsos que me lancem                                       
A com coragem rogar                                            
Me deixem correr                                                  
Me deixem poder
Me deixem tremer
Me deixem chorar
 
26/01/2007
12h 03min
 

 

 

 

Jefferson Dieckmann
© Todos os direitos reservados