Serenata ao Luar

Queria encontrar novamente
Aquele anjo azul que de repente,
Surgiu linda e destilando charme à minha frente
Deixando-me agir como menino inconsequente.

E lhe Falei de amor e ternura
E de toda minha plena e total loucura,
De tê-la em meus braços
Ao calor dos meus abraços
Tão pura, terna e maravilhosa criatura.
 
Como era lindo o nosso amor!
Ela, parecia banhada do perfume de uma flor,
E o gosto da sua boca...?
E sua vozinha quase rouca...?
 
Que perdição gostosa de ser sentida,
Visto ser a melhor sensação da minha vida!
A tal ponto que, daquele dia em diante
Minha  vida deixou de ser distante
Quando pela primeira vez  nos tocamos
Tornando-nos um só quando nos colamos
 
Mas, o tempo foi passando
E mesmo diante de tanta e plena paixão,
O amor foi esfriando no meu bobo coração
E eu deixando que ela partisse...

Sem fazer  nada que  a impedisse.
 
Porém ainda hoje, depois de tanto tempo,
Meu Anjo Azul não me sai do pensamento,
Refez sua vida e seguiu em frente;
Enquanto para minha solidão latente
Restou-me  somente a  semente do amor que pode renascer
Na hora em que ela quiser,
Visto que ela nasceu para ser a  minha mulher.
 
Trilha Sonora da Poesia:
Moonlight Sonata - Beethoven


 
 

Patricio Franco
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