meu mundo se partiu
meu castelo ruíu
não pude mais ver os olhos teus
corro contra o tempo pra não me perder
sonho a noite toda mas não consigo ter
meu corpo suando e pesando sobre o seu
sem você a vida é sem graça
invade meu quarto a solidão
o tempo para, a noite não passa
louca infernizando minha razão
o frio da noite não me deixa dormir
te imagino abrindo a porta,
queria era você aqui
bebo um vinho, escuto um som
qualquer coisa pra tentar distrair
pego o carro, vou às ruas,
imagens suas vem me perseguir
nunca pensei que um beijo
fosse me amarrar tanto assim
força que comanda minha emoção
nunca fiquei à mercê
esse amor é minha droga
moça preciso de você
você foi meu primeiro desejo
e foi você quem me viciou
preciso de uma dose agora
estou dependente desse amor
mas o que fazer se só tenho as cinzas
sobras do castelo que ruíu
uma imagem sua toda distorcida
pedaços do mundo que se partiu
e ainda escorre sangue da ferida
do coração da fera que a bela feriu
Ainda da série de meus primeiros escritos na época da escola de agronomia. Um tempo de dor, desilusão, muita solidão e aprendizado.Cruz das Almas, no curso de agronomia, 1998
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