Os segundos se perderam de mim,
E não desfrutei da alvorada,
Não ouvi o gorjear dos pássaros,
Nem a sinfonia imponente das cigarras.
O tempo escorreu de minhas mãos,
Feito areia dispersa pelo vento.
 
Meu amor,
O tempo é soberano de todas as coisas,
Senhor de nossa existência,
Destinador de nossos sonhos.
 
Para os recém nascidos à luz,
Para os que partem a escuridão,
E para mim a angústia,
De amanhecer sem jamais te ter,
Ao meu lado.

Rodrigo Cézar Limeira
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