O último poema experimental

 
Consegue me escutar? Me acompanhar?
Aos 20 tudo corre a 200 de forma brilhante
Na taquicardia eu GRITO!!
GRITO, GRITO, GRITO e saio de mim!
Como num espirro apressado!
Me acalmo na ansiedade visando a liberdade
Pedindo para que me aqueça e me acelere

E lá está a senhora Branca de Neve, ansiando por mim
Desnuda, vestindo-se de esperança
A esperança de que eu a consuma cada vez mais
"O que é meu é meu, sem divisões", ela diz relutando
Não soltando minha mão, fazendo-me suar
Deixando-me confiante com toda a sua alegria e plenitude
Me ensinando a jogar fora a corda
Que me prende e não me acorda
Para a intensidade da vida

Rindo com seus prazeres debochados, sem sentido
"Você me sente?" Sinto-me respirando sobre sua b***** suada
Estou morrendo para lhe encontrar ("Você nasceu para resistir?")
Te vejo lá, onde correremos sobre o fogo
Transaremos sobre chamas

Ah, porque? Bem, nessa rodovia de mão única
Eu, que peco pelo excesso, sempre digo a verdade
Até mesmo quando minto
Basta fazer por onde que lhe faço única
O diabo sabe bem por quê

markquerido
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