Persistência das horas,
Os segundos descarrilados
Frenéticos com direção.
Ufano presságio
De memórias ao léu
As batidas revelam:
O relógio é cruel,
É cruel, é cruel ...
Cheque o horário e apressa-te!
O tempo escorre no estirão.
Ufano pedágio
Das horas, teu quartel.
As batidas revelam, meu caro, que
O relógio é cruel,
É cruel, é cruel...
No relógio
Vibra o ponteiro.
São vinte e quatro horas
No teu relógio ilusório.
Cronológicos somos.
Embora, imersos no atraso.
No tic tac infinito,
Da civilização
Ainda incivilizada.
Horas persistentes,
Ufano inventário,
De mistérios sob o céu.
As batidas revelam, minha cara, que
O relógio é cruel, é cruel,
É cruel, é cruel, é cruel ...
Só uma reflexão sobre o tempo. O relógio é uma invenção humana que nos agrega, mas tb nos rege. A figura acima é fragmento do quadro “A persistência da memória”, do pintor surrealista Salvador Dali. Vc já teve a oportunidade de vê-lo? É muuuito legal... Muito obrigada pela sua visita e um big kiss for you.São Paulo, capital
Elisa Gasparini
© Todos os direitos reservados
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