Quis o destino que a distância um dia
Abrisse em fenda o chão que nos unia
Quis tal destino o fim do nosso sonho
Precipitado em abissal medonho.
Se essa distância homérica enlouquece
É nesse abismo que minha alma desce
Envolta em minhas lágrimas doridas
E encontra as lágrimas por ti vertidas.
Mesmo distante uno-me a ti em pranto
Na angústia que nos priva de acalanto
Na busca da paixão que esta alma roga
Com fios destas lágrimas tecemos
O lago de saudade em que vivemos
O mar da solidão que nos afoga!
Oldney Lopes ©
Brumadinho, 22 de fevereiro de 2008
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