Sou teu homem e te venero minha flor...
Na perfeição e no calor, afável sentimento.
Solícito me vejo, tão puro esse amor...
O símbolo maior, quão belo momento.
 
Deixo-me navegar nessa água mansa...
Rumo ao seu porto seguro, na afinidade.
O meu coração é travesso, não se cansa...
De cultuar esse alento, a tal docilidade.                     
 
Fragrante destino que me fez encontrar...
A felicidade que estava tão perto, eu sabia.
Na ânsia do encontro, eu não pude evitar...
Não quis, é verdade, qual refém da magia.
 
Permissivo me coloco, inteiro e ao dispor...
Da singela imagem que refaz a minha alma.
Agradeço sempre e devoto todo o fulgor...
Que inebria as nossas mentes, nos dá calma.
 
É sincera a forma, essa flamejante emoção...
Que alivia, nos revolve na lascívia, a euforia.
A libido que recobre o furor, qual sensação...
Tão vistosa, fulgurante e insistente alegria.
 
O lógico e aparente amor, sensato e altivo...
Incutiu  na minha mente a terna sobriedade.
Se fez mais condescendente, qual sensitivo...
Ao demonstrar a sua opulência, enormidade.

Pirapora/MG, 07/07/2008.

Marco Aurélio Oliveira de Almeida
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