De vez em quando...

De vez em quando...

De vez em quando,
Lembra-te de mim...
Do muito que nos amamos,
Dos limites que ultrapassamos,
Amor que desconhece fim.

De vez em quando,
Olha tua janela...
Vê-me refletida nela,
Sou aquela cotovia! Só tu vias...
Versejando poesias,
Versos que nos envolviam, sonhando.

De vez em quando,
Dedilha ao piano
E me sintas dançando
Aquela sinfonia...
Que nos (en)levava e trazia
De volta de nossa utopia.

De vez em quando,
Ouve nossa canção
E atenta ao estribilho
A nos causar grande emoção...
Projetando ao nosso olhar intenso brilho,
Compartilhando nossa vida, sem despedida.

De vez em quando,
Pega meu retrato, que mesmo inanimado,
Anseia ser tocado,
Manda-me um recado...
Conta-me onde foste... Pra que lado?
Partiste um dia... Onde estás?
Captarei por telepatia,
Entrarei em sintonia,
Momento único e fugaz

De vez em quando,
Abraça-te a mim...
Quero estar bem junto a ti,
Apagar a tua ausência,
Sentir a tua presença...
Leva-me! Não me deixes mais aqui.


            (Carmen Lúcia)