estava no meio das vozes
o meu olhar disperso
nos ares a sua lembrança
me deixava submerso

o som por todos os lados
devorava a solidão
sentia a sua presença
intensa no coração

palavras lançadas ao vento
soavam o seu nome
divina era a sua imagem
na mente nada distante

os desejos criam cores
fragmentos dos meus amores
mas nada desvia de ti
tão menos  o perfume das flores

busco um mundo de letras
descrevê-la é minha cura
para qualquer dor que eu sinta
o seu amor é a forma mais pura.

Escrita num intervalo, entre uma aula e outra...

São Paulo, 22 de fevereiro de 2008...

Carlos Eduardo Fajardo
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