Natureza indefesa (Soneto)

Natureza indefesa  (Soneto)

 
Ao fechar a triste tarde
Um sentimento me aborrece,
Dentro do meu coração arde
Uma dor que não arrefece.
 
Num mirar de um olho covarde
O canto do pássaro desaparece.
Mãos cruéis vestidas de maldade,
Da natureza indefesa não se compadece.
 
A espingarda reluz coberta de vaidade
A consciência apodrecida enlouquece,
Corre solta  nas veredas da impunidade.
 
Ignoram as leis no campo e na cidade
Exterminando a natureza que empobrece,
Sacrificando homens e animais sem piedade.

 

Planeta pede socorro, vamos nos indignar e cobrar de quem for de direito
a fazer algo, por menos que seja para ajudar a nossa mãe sobreviver
com dignidade. Cada um de nós sempre tem algo a dar em troca do tudo que recebemos dela.

O Planeta agradece. Passeando pelas margens do meu querido rio Tiête.