Ruiva ou loira e gentil moça cristã,
Sem curumins, que anele se casar,
Casa hoje, não deixes pra amanhã:
Aceita-se até sem tapacorá!
 
O teu guerreiro ainda crê em Tupã,
Pajé, e nas horas vagas, marabá,
Que adentra no mato de manhã:
Só se o assunto for bem particular!
 
Mas não foi sempre assim. E eu já sei que heis-de
Nem mais vir – Eu compreendo, enfim – Mas desde
Que afundou minha flor-d’água, Potyra,
 
No olho azul de quem veio lá de fora,
Quanto de minha alma é só mentira;
Quanto de minha taba se penhora!
 
a 10-02-07

Luciano Almeida
© Todos os direitos reservados