Budhi-Manas

Quando a sexta Serpente de Luz resplandeceu e transpôs o umbral augusto de sua correspondente câmara, no meu coração tranquilo, gloriosamente brilhou  o sol da meia-noite, no inalterável infinito. Fez-se o silêncio, eloquência da Sabedoria, e no Ayam-Atman, te recebi, e do Ayam-Atman, Budhi-Manas! As nossas correlações, sol da Terra e Lua, em cópula metafísica cintilaram no zênite do ideal, sem a mais tênue e leve sombra de impureza, e o legítimo enamoramento, certamente, provocou a consubstancialização do Amor no realismo psicofisiológico de nossa natureza. O desponsório possibilitou-se na Alquimia. Deu-se início à aventura do encontro de duas Almas que se amam. Fez-se a União Tântrica e celebramos a alma e o corpo. E nesta metafísica, ocorreu o encontro secreto, as doces poesias, os anelos transcendentais, os juramentos, os olhares furtivos, a ânsia de união das almas, Corpo de Luz, sub-célula Alegria! Não havia ingerência do ego, era convivência parcimoniosa, transmutação de energias, propósitos transcendentais, regados da beleza da alma imortal. Estávamos inefáveis, na plenitude do Ojas. Fogo e Água, RAM VAM, Prana-Rosa, estado Delta, espectro Violeta, Myo, Chama Trina, formato Lemniscata, Provestum...do posto, gritou tua consciência humana incipiente, e em buracos áuricos, a queda consciencial. À roupagem tridimensional ficamos presos, fez-se Jnatum e voltamos ao Budhata. O ego escravizou teus sentidos ao mundo das formas, acorrentou-te à beleza física, efêmera, passageira, metamórfica. No agora universal o ego impera, aliena, escraviza, e a decadência humana prevalece entre o irônico e o paradoxal, há desilusões, estamos em  Beta. Quebraste o silêncio, deixando-me a cantar o Mantra, até o advento do  Aury-Zen, e é bom que saibas... por dentro do meu coração, o mais puro amor consciente. Esperança! OM  KLIM  KROM...

Relato da vivência de Almas Gêmeas ( Budhi-Manas ) que, de súbito, caem em buracos áuricos, pois parte destas ainda está semente!

Goiânia, 27/12/06, 02:44h