DE CINCO EM CINCO MINUTOS

De cinco em cinco minutos
Estendo minha mão, olho o telefone.
Chego a ligar para ele pra ver se ele não está com defeito
De cinco em cinco minutos
Espero você dizer Alô! e chamar meu nome.

As horas passam...
E minha aflição aumenta quando o telefone toca.
Se pudesse contar as batistas do meu coração nesse instante
Seria recorde, taquicardia pura... Adrenalina...
Uma decepção me sufoca...
No mesmo momento, o que era esperança
Se transforma em amargura.
Ao ver o número no telefone registrado
Mais uma vez... Não era você do outro lado.
E de cinco em cinco minutos... lá estou a olhar o telefone...
Mas você não está na linha...
Não dá noticias... Some.

A noite vem ...
Com ela minha solidão,
mas ainda há esperança do telefone tocar
e sua voz do outro lado meu nome sussurrar
A lua assiste solidária o meu desespero.
A cidade dorme, as luzes se apagam...
A madrugada tece a manhã
Não quero acreditar que o telefone não vai mais chamar...
E mais uma dia... de cinco em cinco minutos olho o telefone
Espero você dizer Alô! e chamar meu nome.
(Sirlei L. Passolongo)

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