Tarde abafada, clima de outono,
escrevo pra não falar de nada,
penso, além do sono,
desta minha vida parada;

Parado lembro, que me esqueci,
de mim, da vida, de tudo;
Eu, que me venci,
gritando um canto mudo;

Sonhos de um futuro passado.
Dramas de uma amarga comédia.
O consciente diz estar acabado,
mesmo sendo um ser acima da média;

Como posso eu desistir,
daquilo que de fato não tentei?
Se meu melhor ainda está por vir
E minha cura... somente eu é que sei...