Amo, nas tardes quase noites
O teu corpo de dia, amante 

Bebo como se tivesse sede
Um líquido quase dor 
Mente, a sabor fresco na boca.

Não sei se o que escrevi 
É o peito deserto aos olhos de não saber ler 

Mas o sol diz que brilhou
Sobre a ausência do corpo depois de morrer

Mármores deitados
Sinto-me cobertores de sombra

Então adormeço a vida 
E amo a dor de não te ter.

silva.d.c
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