Amar é como se iluminar na escuridão,
Um decalque nos ossos com o nome de alguém
A tatear o bem-amado até um abraço cheio
até ao mais fundo da alma
Desenhando palavras no ar
Faz tempo que o tempo não me visita
Recuperando no tempo o que se perdeu
Mil vezes o espontâneo sorriso dizendo
oculto em cada eco que se soletra, um gesto de amor
Escrevendo mil vezes eu te amo, até esfolar os dedos
Tudo está fora e tudo está dentro, como o coração em um grande ventre
O homem parindo a mulher e a mulher dando vida ao homem
Charles Burck (Pseudônimo de Wilson Costa)
Wilson Costa Wilson
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