Temos inocência?
Quando chegamos ao mundo, a visão é pura?
Quem pode afirmar? O que há, talvez, é expectativa
De vivermos o claro, embora a vida seja escura...
Analiso que mesmo as crianças de hoje possuem malícia.
O mesmo olhar diabólico de um adulto, nelas revejo.
Há quem critique meu ceticismo na humanidade,
Mas quem pode negar o quanto nos corrompe o desejo?
Maquinamos tramas, sabemos das consequências,
Esquematizamos as ideias e pomos em execução...
(Atropelamos também quem estiver no caminho!).
Não se preocupem: Haverá justificativa, mesmo sem "justificação".
Então, questiono: Houve ou há inocência?
Parece-me que é tão relativo. Parece-me que é coisa do passado.
(Ou engano-me?). Quem saberá responder...?
Observando descrente, fico a aguardar, intrigado...
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