Estavam ali muitos , a multidão de gentes
mendigando favores ao Destino
Exigiam dele que explicasse
cada fase da existência que se fora
E pedia cada um dos presentes
na voz tremula de ansiedade, medo
exigindo, implorando o cumprimento
de um sonho ou objeto do desejo
Nada de respostas, fechava-se o Destino
No silencio comum dos seres distraídos
E pela mente de cada um passava
O enigma eterno: - Predestinados somos?
Porventura escrito está o decorrer da vida
num reles e velho pergaminho?
Ou temos todos a capacidade inata
de idealizarmos o próprio caminho?
Sem respostas, desfez-se a multidão
O Destino recolheu- se a Existência
Cada um escolheu a premissa
Que mais lhe convinha no momento
A Vida continuou na Alegria e Dor
Até ser extinta pelo Tempo.
BUENO
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