A Guerra e a Terra

A diferença faz a guerra no campo ou na cidade,
Na briga pela terra, tanta promiscuidade.

A barriga está vazia, trabalho não existe,
Com tanta hipocrisia a gente fica triste.

A gente então e cansa de tanta má vontade,
A gente então se lança pra luta de verdade.

Pessoas indefesas nas frente de batalha,
Fazendo o manifesto sob o fio da navalha.

Ferramentas de trabalho representam ameaça,
Então, elas se armam como quem espera a caça.

A causa já resiste nessa luta desigual,
Lamentando o episódio de Eldorado e Pontal.

Nóis só queremo um pedacim de terra,
Nóis só queremo curtivá o chão.
Nóis num queremo sabê de guerra,
Nóis só queremo coiê o pão.

São Paulo/02 de outubro 2010

Botelho Campos
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