Soneto: Podridão Do Ato, Prazer do Contato.

Teu cheiro de perfume e cigarro enlaçado
no meu corpo, impregnado nas minhas roupas
com os seus movimentos e a mistura dos cheiros aromáticos
me deixam completamente extasiado.
 
Da podridão do que fizemos a noite,
em quatro paredes, entre as fumaças
dos cigarros que ali dançavam, enquanto
você dançava em mim deixando-me completamente estático.
 
Dos fervores do contato,
suas mordidas me dilaçeravam o peito nú,
suas unhas cravadas nas costas durante o ato,
Tiravam-me o sangue de um prazer brado.
 
Sua boca gemia em minha orelha minhas mãos apertavam-lhe as coxas,
de todo o sujo restará o júbilo, e os corpos enlaçados jaziam no chão.

Pato Branco - Pr

Aurélio João
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