Imagino-te como uma flor no ápice de sua exuberância
E que vai descobrindo a sua iminente ruína.
As pétalas a cair: uma por uma; a beleza fina
Esvaindo-se sem hesitação... Mais nenhuma fragrância...
Talvez o solo erodido tenha instigado a deterioração assassina!
Talvez a seca tenha decretado sua morte nesta estância
E, flor, chegaste ao ponto de murchar ao fim da breve infância
E teu caule iniciara o apodrecimento como uma sina...
Mas como é possível que uma flor de tamanha beleza
Assim ficasse? Não se apieda, acaso, a mãe natureza?
Quantas flores hão-de partilhar deste destino cruel e profundo?
Não sei a resposta, apenas imagino, apenas pondero:
Que sobre este fim, sobre esta flor, para ser sincero,
Vejo murchar não uma planta, mas todo o mundo...
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