SUAVE  AZUL

Havia  um  suave  azul 

dos teus olhos,  naquele

semblante  florido  de

alfazemas  silvestres.

Além  disso  havia  na  

minha  extasiada 

visão,   esses   teus

inacreditáveis   lábios  

de tom carmesim

refletido .


Existia  um  jardim  que

parava no tempo sorrindo,

com  teu sorriso. E é

quase   tudo  que me

lembro,  desse já quase

nada  que vou 

esquecendo !


Onde  ficavam   caídas

pelo  chão  folhas  

mortas,  ao entardecer

daquele  jardim antigo. 

Agora . . . só  andam 

morrendo  na  memória. 

Apagando-se  aos poucos 

da   lembranças  que  ainda  

vem  e  vai:  sem   mim,

sem  nós.  Sumindo  de  mim 

por ai;  até  nos  vestígios,

de  uma  breve  recordação

daqueles . . .  póstumos 

carinhos !!!!!!!




 

versejando ( ao estilo de Pessoa )
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