O sono que não vem


A força do vento que me leva

Supera-me e me joga para frente

O vácuo tão forte me releva

Eleva-me ao trono referente

 

Um presente, sonho, através

Do túnel em equilíbrio permanente

Diferente, sou: no convés

Como as cores em resiliências

 

Ah paciência! Que tempo pequeno

Tão longa à espera de um sonho

Quem sabe dormir naturalmente

Como o sol no seu aposento
 

À margem do nada ou ao centro

Sou irreverente, mas sinto-me dormente

Ah doce sonho, do sonho imponente
Pelo desejo do sonho, de um sono ausente