De duas brasileiras há noticias de leiloarem a virgindade e não se pode dizer que são pioneiras visto muitas pelo mundo estarem também com a mesma determinação. Nada de novo debaixo sol, como diz o Eclesiastes, a única diferença agora é o estardalhaço que a mídia faz em torno destas bestuntas garotas, menos do que parecem contrapondo-se aos bestuntos endinheirados sonhando romper um hímen via valor o que creem nunca conseguirão via amor. Como diria o Jacinto e, se não disse deveria ser dito (Parafraseando Odorico Paraguaçu de “O Bem Amado”), prefiro uma prostituta que se redime a uma virgem que se prostitui.
É por essas e mais outras que um cândido e guapo mancebo tendo o casamento com a também virgem Himengarda marcado para o mês de junho deste ano , tendo entrado em acordo com a empresa na qual camelou boa parte de sua perdida juventude para ser demitido e indenizado como dispensa sem justa causa, resguardado o direito(?) do reembolso dos quarenta por cento da multa do fundo de garantia ao caixa da firma e assegurado o direito ao seguro desemprego, Wellington, nome do imaculado e puro, fez e refez as contas. Na prova real ou noves fora ficou perplexo ao perceber que seu acerto foi tão paupérrimo que mal dava para despachar um cego. Deu-se conta de que ou a matemática é contra ele, a empresa na qual trabalhou ou ainda as lojas de eletrodomésticos, os números só fechavam em seu desfavor. Chegou à conclusão que mesmo contando as moedas não compraria sequer cama e colchão e a chusma de padrinhos que tencionava convidar também fazia parte dos duros de dar dó, safristas que eram em indústria sucroalcooleira. Adiar o casamento nem pensar, sua amada não suportaria nova delonga, fazia-se urgente achar uma saída que de fato rendesse dinheiro em curto prazo. Por isso resolveu, depois de confabular demoradamente com a namorada, leiloar o bem mais puro que um homem com agá maiúsculo possa ter, fruto de anos e anos, desde tenra infância de pura abstinência, desejos sufocados, banhos de agua gelada, chás costumeiros com adição de salitre, muito jejum e oração, enfim o sufoco diário dos mais veementes anseios da carne, sua VIRGINDADE.
Fácil não foi jura ele, as TVs, revistas, jornais, convivência diária tentadora com garotas tremendamente femininas, o assedio das mais interessadas em arruinar seu namoro, meninas tentação, periguetes e tudo mais fizeram de sua vida uma tortura constante. Chegou a situação tal que nem manequim de loja mal vestida aguentava ver. Insistiu na resistência ao mal (Como é que é?) e triunfou até agora, permanece zerinho, zerinho, afirma para gáudio de sua namorada que, em nome do amor, concordou com o sacrifício do amado, perde ele a virgindade, ganha ela um marido minimamente usado.
Estupefação geral na internet, um homem ousou. Mas não dizem que os direitos são iguais? Tem direito sim, por que só as mulheres podem, mesmo sendo tão artificiais como Geisy Arruda? Uma velha amiga (E bota velha nisso) quando ainda nem se pensava numa recomposição desse nível fez uma cirurgia intima. Verdade que se chamava Eva e olhe que nem a serpente no paraíso conseguiria prever tal desproposito no futuro.
A ultima noticia que tenho de tal demonstração de desapego ao corpo e as tradições religiosas e morais que tenho sobre o desafortunado chegou através de um notívago vidrado em locais onde imperam os piores desejos e o melhor dinheiro, a famosa Lona Preta.
Uma bem intencionada mulher dama lotada naquele local mandou sua oferta ao predestinado e casto, irrecusável e sem contra proposta, é pegar ou largar:
Cinco reais pelo ato em si com direito a uma mordidela na orelha (dele).
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