Escutem, os que não amam,
o barulho das chamas devorando meu coração,
a queda brusca do corpo da solidão,
ouçam o teto, em que em noites frias subi,
cair, aconchegar-se ao mesmo chão
onde tantos passos perdi,
escutem garrafas de tantas mensagens
gritarem versos aprisionados,
pássaros que criei nas gaiolas das tristezas
voarem, para sempre, sem incertezas,
por sobre sonhos tão amados,
eis-me aqui, a cantar para quem quiser ouvir,
os versos de diários esquecidos,
o que tenho de amor quero dividir,
para nunca mais andar só,
para quem quiser, sem pedir...
Prieto Moreno
© Todos os direitos reservados
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