De LUIZ HUMBERTO
O RATO ROEU A UNHA DO REI
O REI FURIOSO ORDENOU MORTE AO RATO
O REINO TODO SE AGITOU E SE PRONTIFICOU
O RATO PROCUROU SE ESCONDER DE IMEDIATO
O REI ANUNCIOU GRANDE OFERENDA- A mão de sua filha.
A PRINCESA SE ESTREMECEU- “ Quem seria o Príncipe seu?”
A RAINHA NO INÍCIO NÃO DEU LIGA PRA TAL CAMPANHA
O REI ANTECIPANDO TAL FESTA MANDOU BUSCAR MIL CHAMPAGNES
A PRINCESA COMEÇA A SE PREOCUPAR COM SUA BELEZA
OS SÚDITOS AGITADOS DESEJAM MAIS FESTIVAS...
A RAINHA COMEÇA A LIGAR OS FATOS
A CRIADAGEM A LIMPAR OS PRATOS
AS CAMAREIRAS A PREPARAR OS QUARTOS
TODOS SE AGITAM- TODOS APLAUDEM
A CAMPANHA “CAÇA AOS RATOS” É DE FATO UM FATO-
E ESTE, O RATO, SILENCIOSO E IMERSO NA ESCURIDÃO SEGURA
DO GUARDA ROUPA REAL- Recebe noticias, alimentos e apoio moral
de seus familiares...
ENQUANTO ISSO O TEMPO PASSA. NENHUMA NOTICIA DA CAPTURA.
AS HORAS SEGUEM FIRMES TEMPERANDO O TEMPO
A RAINHA SE ENFURECE COM AS SUAS RUGAS...A era toma conta do jardim real.
A PRINCESA SENTOU-SE CANSADA POR ESPERAR SEU PRÍNCIPE
TRAZENDO ESPETADO EM SUA LANÇA O FAMIGERADO RATO.
O REI SE CURVOU DIANTE DA IMPOSSIBILIDADE DE SE CADUCAR
E CALMAMENTE O DESTEMIDO ROEDOR BEM PROTEGIDO E ACESSORADO
ROÍA A ROUPA DO REI...
-O alfaiate real que a tudo via e sabia, fingia-se de surdo, mudo e cego e assim viveu feliz em seu emprego por muitas e muitas gerações de ratos...
23-11-2014
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