Tudo se faz mórbido.
Um vazio adentra a minha casa.
Tudo está dando errado.
Uma sequência de conflitos arrebata a minha paz.
Estou em prantos.
A minha alma chora.
Já clamei para todos os santos.
Não tenho mais forças para orar.
Estou entregue nas mãos do universo.
A morte é a única certeza que avisto no infinito horizonte.
Não consigo perdoar-me.
Já não me vejo no espelho.
O desequilíbrio faz festa nas minhas entranhas.
As minhas vísceras estão desnorteadas.
Voando rumo ao infinito, segue a minha paz de espírito.
A morte devora os resquícios de vida que ainda existia em mim.
Sobre um amontoado de livros, o corpo cianótico de um idealista.
A morte foi o preço pago pela luta em prol da vida.