O vento passou pela pedreira,
Gelou meu corpo inteiro,
Balançou a bananeira,
Varreu nosso terreiro.
Rodopiou as candeias,
Desarrumou minhas teias,
Congelou o sangue das veias,
Teve chuva de areia.
Entupiu os olhos e orelhas,
Quando eu vi acoisa feia,
Apertei minha correia me escondir,
Numa cadeia.
Eu perdi meu medo da chuva,
Vendo as pedras que choram sozinhas,
No mesmo lugar!
Poetisa Desconhecida
25/06/2014
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