Às vezes penso que sim,
Outras vezes penso que não.
Vai entender cabeça assim?
Que dirá o coração!
O desejo quer despertar,
A razão vem e grita,
Esse ego quer ocultar
Aquilo que o id agita.
Muitas coisas passam na mente,
Loucas procuram saída.
O ato falho vem de repente
E me pega distraída.
O que dizer agora então?
Nem sempre Freud explica;
Sentimentos vão além da razão.
É a alma que hoje incita.
Às vezes penso que sim,
Outras vezes penso que não.
Repetir não é pra mim
Uma vergonha, nem afirmação.
São conceitos de pura poesia,
Trabalho que brota do ar.
Parece até ironia,
É mais que inspiração esse rimar.
A ânsia que está em meu peito
Machuca meu âmago; é dor.
Nem a oração deu jeito
Naquilo que espero; é furor.
Procuro então o olhar de Jesus,
Peço que agora me abençoe.
Na fé acredito: Ele é luz!
Voe esperança, voe...
(Data: 21/02/2006)
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