Minha Filha, Não Há um Dia Sequer... (Parte II)

Minha Filha, Não Há um Dia Sequer... (Parte II)

Minha filha, não há um dia sequer que não me lembre de sua dor...


Instrumentos jurídicos para afastar pai de filhos são reconhecidos como Alienação Parental
A calúnia imoral e os ardis têm sido o fardo sobre ombros cansados da espera
Por mais que se coloque recursos e tempo nada nos autos ocorre contra esta quimera
Que nossos direitos não passam de elucubrações muito distantes da realidade que dilacera
Que em milhões de casos arrancam-se de pais e filhos a felicidade no ímpeto da fera
Este é um dos cenários que sofremos sem alternativa para alterar o status quo sem amor


Não podemos aceitar passivos e indiferentes sobre quem se diz cristão
E que até mesmo cresceu são com pai e mãe e teve um mínimo de momento terno
E prega o evangelho, mas promove a separação e a desesperança no lugar do ato fraterno
Que qualquer atitude ou agressão vale para manter o domínio e o afastamento paterno
Que se acham únicos e capazes de dar carinho e educação neste mundo perigoso e moderno
Transformam-se na verdadeira hipocrisia a ralar joelhos nas igrejas sem culpa e sem pudor


Minha filha, não há um dia sequer que não me lembre da sua ternura...


Como uma ironia do destino que se apresenta no período com nodos
Quem não tem modos e são cobrados por responsabilidades e tem que ter a vida guiada
Abusam do privilégio e exigem que visitas sejam restritas e supervisionadas
Que todas as datas festivas sejam a elas e aos próprios familiares reservadas
Que o guardião não admite que a criança esteja sem a ala materna nem mesmo com a avó paterna dedicada
A incompreensível conduta alienante já registrada tanto nos néscios autos como na literatura


Um discurso patético não deveria anular nas pessoas de bem a intelectualidade
Quem tem idade e sempre se apoiou nos outros com sua vida adolescente impura
Está com poder e por criar filhos são carimbadas como responsáveis e maduras
Que se escondem no ar de matronas apoiadas no mito materno idealizado de candura
Que estas alienadoras escondem suas fraquezas no comportamento irascível que não se cura
O proferir sempre arrogante dos fracos de saber e caráter que não se depura


Minha filha, não há um dia sequer que não me lembre de nossa História...


Triunfando sobre um aparato legal de incompreensões e privilégios incoerentes
O estrago indecente em nossas vidas foi realizado com malfazeja maestria
Como um requintado jantar degustado com o nosso pranto sob a fria luz da covardia
Que com um brinde os algozes comemoram cada dia da eloquente supremacia
Que repousam em cima de nossas feridas felizes e enfastiados da doce iguaria
Chegarão como bestas feras sorridentes na maioridade de nossos filhos ditosos pela imoral vitória


Como adultos somos responsáveis pelas escolhas que trazem alegrias e mazelas
Aceitamos atirar pérolas aos porcos para que eles se voltassem contra nós e nossas dívidas
Os avisos que negligenciamos revelavam a postura que tomamos contra nossas próprias vidas
Que lidamos com cavalgadura como se da nossa mesma essência fosse esta embebida
Que a nossa percepção do mundo modificou a realidade num cenário de ilusões vividas
Não podemos considerar fatalidade este sofrimento ao analisar nossas próprias memórias

Fim da Segunda Parte...

Esta Poesia Tem Três Partes...
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Campanha pelas Igualdades Temporal e de Custeio

Que alguém conhecedor desta triste realidade
Diga que esta revolta é incoerente ou injusta
Que as colocações nos versos
Revelam impropério ou devaneio

Saibam que ela é dirigida à conduta de pessoas
Que praticam a barbárie descrita sem rodeio

E quem dormiu com o inimigo
E pagou os custos na infeliz trajetória
Reconhece a história e descobre muitos versos
Como um vívido exemplo passado em seu seio
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Poucos Poderão Dizer que não Beberão Deste Cálice...

Leitura Importante +++
Síndrome da Alienação Parental e a Tirania do Guardião

Documentário +++
A Morte Inventada
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Imagem e poesia também em... http://olhares.uol.com.br...
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Poesia elaborada em Aracaju-SE